Balões na bagagem

Hoje a preguiça acordou comigo. Como meu Pai costumava dizer, a preguiça chegou em mim e parou. Não gostava quando ele dizia isso, talvez porque se atribuiu a preguiça uma carga muito negativa, mas no entanto a preguiça nada mais é que um nome pejorativo para cansaço. Sim, cansada, também não gosto de dizer que estou cansada. Então como deveria dizer que estou?! Não sei. Sei que ontem fiz compras, cozinhei minha primeira feijoada e mesmo me sentindo "assim" hoje... Recebi amigos pra saboreá-la comigo.

Dá pra entender que o meu assim de hoje, não é um estar ruim. É só um estar "assim"...

Acho que é tempo de passagem. Sempre é tempo de passagem.

Posso dizer que  hoje estou especialmente em estado de passagem, meio rotação 22.

Ontem quando pensava no que deveria postar aqui, tive a lembrança de falar sobre a saudade e o fato de como ela é frugal, pois que, sentimos saudade, mas  sabemos que o momento vivido jamais se repete tal e qual. E que sempre sentiremos saudade de momentos e/ou pessoas, pois que a vida não pára, está sempre passando. Como diz Lulu na sua melosa canção "Nada do que foi será de novo do jeito que já foi um dia...", ou Chico Science "Um passo a frente e você não está mais no mesmo lugar". É verdade, nada será como antes mesmo que dê-mos um passo de volta. Mas também é certo, o que mexe fundo em nós, nos fazendo fortes, vivos e alegres, nunca passa, mesmo que o mundo vire de ponta cabeça!

Bem assim, balões.
Pelo mundo virando, 
em memórias, cores e saudades.

 Leves, belas e felizes.