domingo, 26 de junho de 2011

Aprendendo a escolher



Quando a gente faz besteira é tão ruim... Sentir culpa por errar é fato consumado quando o erro ocorre, mas ainda assim nunca vamos nos acostumar com essa sensação. Ainda bem, não por que eu ache que a culpa deva ser alimentada, ao contrário, não gostar de ter e sentir culpa é o que deve no ajudar a errar menos.

É isso...

Nossa vida é feita de escolhas... E qualquer um pode fazer uma má escolha as vezes.
Fazer besteira é ruim, mas faz parte do aprendizado da vida. Como Deus é bom, Ele todo dia nos apresenta um dia novo, ainda maior e melhor que as besteiras que tenhamos feito. Isso nos traz a força e a certeza de que podemos escolher experiências mais felizes.



Brindemos ao amanhã, que nos traz  um novo dia e o mistério de novas escolhas.

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Nas virtuais ondas do rádio


Li uma vez em algum lugar que devemos sempre olhar aos outros a partir de um ponto comum. Tendo em vista que nem os dedos da nossa mão são iguais... Qual seria esse ponto comum?! Sim existe. Este ponto é o fato de que todos somos "Seres humanos". Para além  do "geralzão" de sermos humanos, todos somos vários... De muitas de mim, duas são bem marcantes... Sou humanamente musical e elefantescamente boa de memória (memória de elefante). Trabalho, amo, sofro, amanheço e anoiteço, tudo com trilha sonora. E o melhor, raramente (raramente mesmo!) esqueço uma letra ou melodia.

Lá em casa (nos tempos da Barra) tivemos um gramofone, eu era bem pequena mas lembro de rodar a manivela e também dos enormes discos de cera, fiz um deles aos pedaços, pois descuidadamente sentei em cima de um que estava sobre o sofá. No pré-adolescer gravava fitas cassete (o que muitos adolescentes da minha época também devem ter feito), saía pra escola e deixava os botões REC e PLAY do gravador ativados a fim de conseguir capturar aquela música adorada, que só passava na rádio bem na hora da escola. O duro era depois ter de editar por cima das gravações indesejáveis que vinham junto a  preciosa música capturada.

Nestas mesmas fitas cassete gravei muitos programas de rádio (era tão bom), durante um tempão esses registros estiveram guardados, mas acho que se perderam nas caixas de algumas das nossas mudanças. Tive o delicado prazer de manipular agulha de radiola e escutar lados A e B com aquele sonzinho chiado dos inigualáveis LP's. Em nome da tecnologia e da praticidade essas práticas foram se transformando e quase banidas, com excessão de alguns colecionadores (o que infelizmente não é o meu caso). Engraçado... Apesar da tal praticidade, não sei como, onde ou quando... mas perdi o gosto-hábito de gravar sons, de tê-los "encaixotados" para mim,  muito raramente baixo  músicas no computador (me falta habilidade e paciência de usar internet pra isso). Por que será, hein?!



É controverso, mas pela mesma tal praticidade, hoje prefiro curtir sons on line, sou cadeira cativa da Rádio Universitária, que tem programações especialíssimas, em destaque a programação do ouvinte (diariamente as 18h) e a programação matinal de domingo, que inicia com o Arquivo de Cera as 8h, seguido de Chorinho as 11h e fechando com Roda de Samba ao meio dia. Fora outros programas de muito bom gosto que vocês podem descobrir por si.  Também sou vasculhadora da Rádio UOL onde descubro e relembro muito "som do bom". Recomendo...

Uma prática romântica (e até vintage eu diria) é oferecer uma música pelo rádio... Tive uma música oferecida à mim no meu aniversário de 15 anos. Um distinto senhor, nosso vizinho, Seu Ubiratan (in memória), em louvor das minhas 15 primaveras, ofertou-me a música Fascinação. Não lembro em que rádio foi (isso seria demais, né?!), mas nunca esqueci tão singelo presente. Naquela época eu ainda não tinha essa visão tão doce e romântica sobre oferecer músicas pelas rádios. Os oferecimentos eram feitos por telefone e era tido como uma coisa meio brega, besteira, né?! Pior é que eu me importava... Ainda bem que hoje só me importo de verdade em ser e sentir felicidade, e me tornei (desde que saí de casa pra outro Estado) adepta de carteirinha desse costume de oferecer músicas pelas ondas do rádio. Sintonizo e ofereço as canções pela pela net, oferto com frequência aos meus pais e esta semana escutando uma música na Rádio UOL  senti enorme vontade de dividí-la com amigas queridas que estão longe, pensei na hora... Vou oferecer a elas pela rádio. 

O fiz... Avisei via torpedo que escutassem ao programa, comunicando dia e horário. Porém houve um imprevisto, a rádio não tinha a música que ofereci (VESTI AZUL ) e o locutor, o Nelson Augusto, super gente boa, com super boa intenção ofereceu um outro tom de azul (AZUL DA COR DO MAR). Tudo azul, né?! É, mas com mensagens bem diferentes...  Hoje tive o feedback de uma das amigas presenteadas, a que está mais distante, na Bélgica. Ficou acordada até tarde pra poder escutar e me disse que este fato entrará para a história da nossa amizade. No fim das contas, a surpresa planejada virou surpresa de mão dupla... Pra mim e pra elas... Legal, né?! Eu achei!

Outro dia estive pensando em criar um blog de oferecimento de músicas... Mas para isso teria de ser em parceria com outras pessoas. Se alguém se habilitar...

Pensei de funcionar assim: A pessoa (oferecedor(a)) escreveria a equipe do blog pra dizer que música gostaria de oferecer e para quem (se quisesse detalhar circunstâncias ou uma dedicatória especial, também haveria espaço) daí a equipe faria buscas pela net, de vídeos, letra e quem sabe até a história da música que poderia estar relacionada ao oferecimento em questão e postaria uma "composição desta música" (imagens, letra, vídeo e o que mais caísse bem...) em data previamente combinada com o oferecedor(a). Daí o oferecedor(a) teria só de dar uma tapeada no presenteado fazendo ele acessar o link do blog e Tcharam!!!!  Muitas emoções...

Enquanto isso...

O telefone toca na rádio...

- Alô?!
- Oi, boa noite...  (pausa)  
- Ehh, eu queria oferecer uma... Uma surpresa...
- Sim, claro... Ofereça...

Oferecimento que se prese tem de ser melado... (Fechem os olhos, imaginem uma linda voz de locutor... e leiam...)

Ofereço a vocês queridos amigos que sempre visitam este blog e saboreiam comigo destes ensaios de auto-conhecimento e transformação... Uma surpresa!!!


A surpresa de Handa

Assim como eu, Handa ofertou... e por fim ganhou.... 
Uma surpresa!!! 



domingo, 19 de junho de 2011

Apenas palavras?!

Colagens com dicionários

"Viemos ao mundo para dar nomes às coisas:
dessa forma nos tornamos senhores delas
ou servos de quem as batizar antes de nós"
(Lia Luft)

A comunicação é algo muito precioso e pode ser feita de variadas formas, estas definem-se por linguagem, são sons, imagens, palavras e/ou a mistura destas. Como na citação de Lia Luft, nós damos nomes as coisas. Nomes e também significados. A coisas, lugares, pessoas...

Minha fascinação por palavras começou na adolescência, adorava folear dicionários, "O Pai dos Burros" como a gente chamava lá em casa, conhecer novas palavras, sinônimos, significados... Caçava palavras e brincava escrevendo bilhetes aos amigos com palavras pouco conhecidas. Sem me sentir estava ampliando meu vocabulário, exercitando meu cérebro. Naquele tempo já tinha computador e internet, é claro. Mas ainda bem que demorei um monte de anos a ter um em casa.

No Brasil, por sua extensão existe praticamente um dialeto para cada região, todos já devem ter visto ou escutado falar em Cearês, Mineirês, etc... Então, lá em casa também temos um dialeto (acho que toda  família legal deve ter um também). Lá em casa falamos... Nosso dialeto ainda não tem nome (mas vou pensar num). Faz parte desta prática doméstica  re-batizar "coisas", dar nomes, codinomes que facilitem a nossa comunicação afeto-domiciliar, tipo "A goiabão", é uma rede cor de goiaba; "sabisguai" é sanduíche de queijo; "o quente" é axila (vulgo sovaco). E por aí vai... Ah, quando você ouvir lá em casa alguem gritar "Isso é uma CEBOLA!!!!!" Saia de perto, essa cebola aí foi um palavrão.

O processo de formação de um dialeto domiciliar é muito natural, quase imperceptível, exceto pela primeira vez em que o termo é utilizado, pois no primeiro uso os autores da "obra" se entreolham, riem... e pronto. O sanduíche de queijo já foi re-batizado de "sabisguai" e será para todo sempre um "sabisguai".

Ontem li uma frase do meu querido Rubem Alves que diz, "As palavras só têm sentido se nos ajudam a ver o mundo melhor. Aprendemos palavras para melhorar os olhos." Os dialetos familiares são uma prova viva desta afirmação do Rubem. Esses códigos domésticos nos fazem viver e sentir por meio das palavras o "amor/ódio" único entre os que convivem sob um mesmo teto. Os sociólogos afirmam que onde somos nós mesmos de maneira mais verdadeira é em nossos lares... As palavras têm força, pensemos bem nas palavras que usamos no mundo, dentro e fora dos nossos lares.


quinta-feira, 16 de junho de 2011

Fim de semana dos namorados (Passarinho no ninho, cobra no buraco...).

Não vão pensar besteira, viu?! Kkkkkkkkkkkkkkkkk...

Mas é isso mesmo, estou devendo o post de domingo 12 de junho, dia dos namorados, véspera de St. Antônio, aí, aí...(suspiraram?!). E estava devendo por esse motivo mesmo, Passarinho no ninho... Cobra no buraco...

Estive em Fortaleza (Meu ninho), e é sempre bom!!! Revi amigos, me aninhei com Pais, irmãs e sobrinhos. Mas ao mesmo tempo estava (ainda estou) meio cobra no buraco... Umas pendências de trabalho que sempre mechem com a gente e dia dos namorados sozinha (não nego), sempre meche também, né?! C'est la vie...

Ainda bem que depois do dia dos namorados, vem logo dia 13, dia do Santo dos que estão temporariamente sem namorad@, daí podemos fazer aquela oração íntima pedindo pelo bem do nosso "cuore", que seja sempre cheio de amor (com ou sem namorad@) e que o cupido não erre a mira na próxima paixão. 

Por falar em St. Antônio... Gente, não sei vocês, mas eu tenho dado altas gargalhadas com o programa global das terças a noite, Tapas e Beijos. Uma das personagens está sempre as voltas com doces, chamando por St. Antônio, rezando, aperreando, reclamando... Ela chama o Santo com doces, bombons, pirulitos, é uma graça. Super recomendo! Eu, particularmente apelo a St. Antônio para encontrar coisas perdidas, muito mais vezes do que pra pedir namorado (talvez seja por isso que Ele num mandou um ainda... rs). Para encontrar perdidos é Batata!!! Mal se começa a rezar o responsório... e PUM, você acha o que estava procurando.


Responsório de Santo Antônio

Se milagres desejais,
Recorrei a Santo António;
Vereis fugir o demónio
E as tentações infernais.

Recupera-se o perdido,
Rompe-se a dura prisão
E no auge do furacão
Cede o mar embravecido.

Todos os males humanos
Se moderam, se retiram,
Digam-no aqueles que o viram,
E digam-no os paduanos.

Repete-se: Recupera-se o perdido...

Pela sua intercessão
Foge a peste, o erro, a morte,
O fraco torna-se forte
E torna-se o enfermo são.

Repete-se: Recupera-se o perdido...

Glória ao Pai, e ao Filho e ao Espírito Santo…

Repete-se: Recupera-se o perdido...


No mais... Seguem-se dias de festas juninas, friozinho e chuva fina. 

Até domingo!

domingo, 5 de junho de 2011

Espairecimento virtual

Sou afeita a arte, em especial artes manuais e um dos melhores encontros que fiz na internet, foi reconhecer muito de mim e de meus prazeres fervilhando em diversos blogsexpressos em artesanato urbano, ilustrações, textos, fotografias... O primeiro blog que visitei nesta vida foi o poeiras, trapos & farrapos, que me mostrou o caminho das pedras de muitos outros sítios que hoje andam na minha rota de espairecimento virtual (inventei  agora, gostei disso!)


Hoje procurando imagens pra ilustrar o post do dia que seria sobre paciência e esperança, encontrei um blog que me chamou muita atenção, em parte por apresentar ilustrações lindas, sensíveis e bem conectadas com meu gosto pessoal e também por algumas coincidências na descrição da própria autora que é virginiana como eu e também tem o hábito de "tirar parência" do povo (que no meu caso é tradição de família). Daí resolvi deixar a paciência pra depois. Falo do post sobre paciência, pois a paciência virtude, essa eu já sei que encabeça a minha lista de aprendizados para esta encarnação (e sabe-se lá por quantas mais...). Então resolvi escrever/listar sobre alguns lugares que gosto de passear na net.

Não pensei em ficar escrevendo sobre cada blog, até porque nem tenho propriedades suficientes para isso. Mas vou deixar que as imagens falem por si, como uma  mostra do que me fisgou para cada blog, ok?!


Este foi o primogênito, fazia tempo que não ia lá, pois depois dele se abriram tantos outros lugares... Foi muito bom voltar depois de algum tempo e perceber ainda tantas coisas lindas. essa citação do Mia Couto é a primeira postagem do Blog da marta, em 2004.

Marta Mendes - Braga, Portugal

"Eis o que eu aprendi nesses vales onde se afundam os poentes: afinal, tudo são luzes e a gente se acende é nos outros. A vida é um fogo, nós somos suas breves incandescências" (Mia Couto)


Esse é um dos meus queridinhos... Desde que fui a primeira vez, vou sempre... Está na listinha aqui do Como um dia de domingo e sou definitivamente encantada com o traço e as ideias desta moça de Lisboa. Em especial a série sobre as histórias de amor e A princesa e a ervilha. Já utilizei muitas ilustrações delas aqui no blog. 

Ana Oliveira - Lisboa, Portugal


Aventuras fantásticas de uma dupla de dentes de leite. Adorooo! Tem imagens e animações feitas por uma coreana  (telentosíssima) que mora na América. É todo em inglês, mas até eu com meu péssimo inglês, viajo nas aventuras da duplinha.

Inhae Renee Lee -  Berkley, Califórnia


Eu simplesmente adoro o trabalho desse cara. Gostaria de ir a Londres só pra comprar alguma coisa dele. Muito delicado, inteligente e criativo.

Rob Ryan - Londres


Não estou noiva, mas tem uns blogs de casamento que são um estouro! Visito sempre pois são inspiradores e românticos... Do jeito que eu gosto. O Casarei e o Minha Filha Vai Casar são os meus prediletos. A gente fica cheia de ideias... E não só ideias românticas, mas também para festas e reuniões as mais diversas.






O Crônica do dia também é um dos primeiros blogs que frequentei, cheguei até ele porque um dos cronistas é meu amigo, o Eduardo Loureiro. Todos os dias são postados textos de altíssima qualidade de crônistas de várias partes do Brasil. Vale a pena conferir (é ótima fonte de inspirações para postagens). Este link: O BOLO; Ana Coutinho, leva a uma crônica das mais especiais que já lí no Crônica. Adoro esse texto, por isso o escolhi. LEIAM!!!


Tirinhas da ilustre personagem de Quino. São muito boas para que gosta de humor inteligente.




Por fim o blog que me inspirou o post de hoje, o c o n f i g u r a d a.  O princípio do blog é muito semelhante ao que eu desejo para o Como um dia de domingo. Abaixo uma imagem publicada no blog e a descrição do mesmo feita pela autora, Drida.

Esse blog é um pouco de mim, do meu dia a dia e as coisas que gosto....é uma maneira de me entender mais...é uma maneira de aprender mais...conhecer mais...enfim que o mais esteja sempre presente aqui...se quiser trocar alguma idéia comigo será bem vindo....abraços...  Drida.

Então... Têm outros tantos lugares que gosto de ir também, mas por hoje basta. O post ficou longo, né?! Até cansei... Também, tive de fazer muitas visitas num mesmo dia, e assim, cansa o juízo da gente. Mas com calma, curiando bem devagarinho é outros quinhentos. Desejo que façam um bom passeio! 


*Tirar parência, mania de achar as pessoas parecidas com o que quer que seja; relacionar a imagem de alguem à objetos, desenhos animados, personalidades, parentes, seres reais ou mitológicos...

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