domingo, 4 de dezembro de 2011

Hoje é dia de ouvir como a Clarisse...

artes com trastes e traquinagens:
Oi, faz tempo que não venho por aqui, né?! Mas hoje após alguns dias de muita produção braçal, fortalecedora, porém não menos cansativa, tive um tempo de sentir o que em cotidiano chega aos meus ouvidos, que como diz a Lispector, "... só se sente nos ouvidos o próprio coração..."

Saudades de casa (desde ontem), do meu pedaço de casa no mundo. E com essa saudade vem a necessidade de sentir -se consolado e alegre. Logo, escrevo. E agora que escrevo ao som de um grupo musical do Ceará (Cidadão instigado), me vejo pelas ruas de lá.

E hoje é dia. Dia de matar saudades de escrever, dia de olhar dentro da minha cabeça e recrear da digitação mecânica (minha tarefa principal da atualidade). Dia de depois que postar ficar "pastorando*" saborosamente se alguém entra no blog para ler minhas letras, se alguém as comenta... É isso. 

Antes de mergulhar no monte de trabalho que tenho hoje e por pelo menos nos próximos três meses estive viajando. Vinte dias de pura descoberta, novidades e diversão. Ah, com alguns intervalos de movimentação acadêmica. Tudo tããããão boooooom! (Sotaque cantado como boa cearense).

Quando morava com minha mãe, nós sempre riamos e ainda rimos de muitas coisas juntas, uma delas era quando eu estava cansada e/ ou stressada e dizia: Ai, que saudades do Rio de Janeiro... E logo caíamos  as duas na risada. Nesses vinte dias andei matando as saudades do Rio  (um pouco, pois sempre sinto saudades de lá) e a leve curiosidade de São Paulo. Disse leve porque São Pulo nunca esteve exatamente na minha lista de turismo e confesso, foi uma surpesa para lá de boa!!! 

Dos muitos prazeres-descobertos, listam-se entre os MAIS-DE-MAIS, engatinhar em pedaladas e turistar sozinha na maior cidade do país. Poxa eu mereço aplausos... Não, eu merecia mesmo era ter me divertido muito e mais a cada dia, desses vinte preciosos. E sim, a paga foi  bem feita, estou mais que satisfeita. Tanto que todo final de tarde revejo uma série de slides no meu cine-cérebro e muitas vezes ainda complemento com uma namoração de fotos no computador.

Ai, ai...(suspiros) Algumas imagens para o que não cabe em palavras...








*Adoro essa palavra; pastorar = pastorear

P.S.: Vintes dias de viagem têm muitas historias... Logo aguardem os próximos posts.

domingo, 9 de outubro de 2011

Amor... Nada funciona melhor!

Não, é não sou uma beatlemaníaca, mas como todo mundo de bom senso e bom ouvido, adoro os Beatles e ano passado tive a oportunidade de assistir ao filmO Garoto de Liverpool e adorei, pois conta a vida pregressa de Lennon, a forma como entrou em contato com o Rock, como surgiu o grupo e isso sob a ótica da vida comum desse garoto, não é um filme sobre os Beatles, é um filme sobre a juventude de Lennon, simplesmente fantástico! Lindo visual, roteiro e nem se fala da trilha sonora... (Merece muito ser visto).

Li pelos noticiários da net que se John Lennon estivesse encarnado completaria 71 anos hoje. Que massa se ele estivesse, né?! Me deu uma vontade de poder saber o que ele estaria fazendo... 

Conhecer um pouco mais sobre Lennon e da forma como me foi possível através do filme, me fez gostar  ainda mais dele (Lennon) e deles Beatles. Desde ontem que esse cara (muito intima, né?!), o Lennon  me rondava, pois uma amiga compartilhou no facebook uma fala dele sobre amor, sua escolha em estar com a Yoko, me encantou e merece mesmo ser dividida, divulgada, doutrinada, reensinada, ou o que quer que seja...

De fato optar por viver um amor, por assumí-lo completamente deve estar nas nossa prioridades de vida e aprendizado, deve voltar a fazer parte dos nossos sonhos realizáveis. Disse aprendizado, por que sabemos que não é bem fácil, namorar, viver a dois, construir, aceitar... Mas isso não quer dizer que não seja possível e também maravilhoso.

O fato é que existe muito medo de sofrer, existem muitas restrições na hora de escolher o ser amado, e daí vem um monte de pré-conceitos e medos bobos... É preciso coragem!!! Coragem pra escolher, coragem pra arriscar, aceitar e daí permitir-se ao amor. 


Perguntaram a John Lennon:

- Por que você não pode ficar sozinho, sem a Yoko?

E ele respondeu:

- Eu posso, mas não quero. Não existe razão no mundo porque eu devesse ficar sem ela. Não existe nada mais importante do que o nosso relacionamento, nada. E nós curtimos estar juntos o tempo todo. Nós dois poderíamos sobreviver separados, mas pra quê? Eu não vou sacrificar o amor, o verdadeiro amor, por nenhuma piranha, nenhum amigo e nenhum negócio, porque no fim você acaba ficando sozinho à noite. Nenhum de nós quer isto, e não adianta encher a cama de transa, isso não funciona. Eu não quero ser um libertino. É como eu digo na música, eu já passei por tudo isso, e nada funciona melhor do que ter alguém que você ame te abraçando.


Eh... Não tenhamos pressa, porém não tenhamos medo! Pois é bem como o Lennon diz: Nada funciona melhor...

Nesses dias trabalhei tanto, num ritmo tão acelerado, que hoje, "dia do descanso" tava com uma preguiça de pensar, quiçá de escrever... Mas como esse blog surgiu como processo de conhecimento e cura, hoje atesto que mesmo com preguiça quando sento pra escrever, revirando e coletando os pensamentos, o negócio fluiu que foi uma beleza e assim me vou me curando (um pouco) da preguiça e complemento um dito popular:

 "Trair, não posso afirmar, mas coçar e escrever... É só começar!

sábado, 24 de setembro de 2011

O essencial é "vêver"...



"O que mata um jardim não é mesmo
alguma ausência nem mesmo o abandono...
O que mata um jardim é esse olhar vazio
de quem por ele passa  indiferente".
Mário Quintana



Dias atrás me veio a mente escrever sobre o olhar, sobre o que vemos, como vemos, sobre o que estamos aptos a ver de verdade... Daí hoje me deparei com esse trecho do Quintana (acima citado) e me voltou forte a vontade de refletir o meu "vêver" ou  "viver"?! Porque a gente vive olhando, nosso cotidiano é um álbum de riquezas infindas, mas será que as estamos vendo?!

Quantas vezes você em algum instante viveu um momento de profundeza visual-afetiva, estando você dentro da cena ou não e disse a si mesmo: - Que massa... Queria ser (ter) uma maquina fotográfica agora. Se você nunca sentiu isso... Só posso dizer que se esforce, pois é muito bom! Se esforce em ver de verdade, em olhar a profundeza dos momentos, das ditas pequenas coisas, dos relances do caminho, seu arredor neste momento,  no ônibus quando vai ao trabalho, na praia enquanto toma uma gelada... Digo relances, pois comum se emocionar com os que já são cativos do nosso coração (pais, filhos, amigos, amores...), mas o mundo está cheio de lindezas... Tem visto?! Isso é "vêver" e não quer dizer que deixe de ver os doces momentos junto aos próximos, mas alargar esse olhar amoroso a fim de reconhecer beleza em momentos de um doce desconhecido.

Ao citar o "dias atrás" do inicio do post me referi a um dia em que estava indo a João Pessoa (o mar mais próximo) e numa curva do ônibus, vi sentando no meio fio da rua um artesão trabalhando em miniaturas de barro. Me veio  logo a mente: - Puxa... uma maquina... E emendei a relembrar outras tantas cenas vistas-sentidas que foram perdidas por um flash, mas guardadas eternamente na memória. Uma delas anos atrás, também dentro de um ônibus, este agora no centro de Fortaleza, a noite, vi numa esquina, um gari de pé junto a um latão de lixo em séria postura lendo um jornal aberto em punho, provavelmente jornal que pegou no lixo e se não me falhe a intuição talvez até fosse o caderno de esportes... Digam se não merecia uma foto?! E outros tantos momentos emocionantes como na primeira apresentação de flauta das crianças do Solar dos Girassóis, que enquanto os via tocar e depois na ciranda final, o tempo todo agradecia a Deus por estar viva, por merecer "vêver" naquele instante.

Já ouviram falar em iridologia?! Já fiz uma consulta uma vez... Não vou entrar em detalhes, mas foi muito interessante. Quem tiver oportunidade e/ou curiosidade, indico. Gostei muito.

"Quero ter olhos pra ver a maldade desaparecer..." É Nelson Cavaquinho... Eu também quero. Quero "vêver" cada dia bem, mais e melhor.




A raposa pediu que o Pequeno Príncipe a cativasse.

“– O que é cativar?’, perguntou o Pequeno Príncipe.

“– Cativar é assim”, explicou a raposa. “Eu me assento lá longe e você se assenta aqui. Eu olho para você e você olha para mim. No dia seguinte nos assentamos mais perto. Eu olho para você e você olha para mim. Até que nos assentamos juntos. Se você me cativar eu pensarei em você, conhecerei o ruído dos seus passos e sairei da minha toca quando você chegar...” Aconteceu então que o Pequeno Príncipe cativou a raposa. O tempo passou e chegou um dia em que ele disse à raposa:

“– Preciso ir...”

A raposa disse: “– Vou chorar...”

“Não é culpa minha. Eu não queria cativar você. E agora você vai chorar... O que é que você ganhou com isso?”

“– Ganhei os campos de trigo”, disse a raposa.

“– Como assim?”, perguntou o Pequeno Príncipe sem entender.

“Eu sou uma raposa. Eu como galinhas, não como trigo. Os campos de trigo não me comovem. Mas porque você me cativou eu amarei os campos de trigo. O seu cabelo é louro. Os campos de trigo são dourados. Assim, quando o vento bater nos campos de trigo eu me lembrarei de você e sorrirei...”.


(Antoine-Jean-Baptiste-Marie-Roger Foscolombe de Saint-Exupéry)


Uma amiga da blogsfera que sempre visita o Dia de domingo e escreve de uma forma bem interessante não só, mas também sobre filmes em seu blog (curiosos visitem o Road trip da Nina) deixo uma pergunta-dica.
Hein Nina, como seria viver em "O pequeno príncipe"?!

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Um segundo por vez, não entremos em pânico!


Submergindo... Emergindo...
Inspirando... Espirando... 
Cheira flor... Apaga vela...
Discernimento... 
Lista providências... Executa pendências...
Concentra... Escolhe...
Aceita...
Vive...

Calma... Não entremos em pânico!!!


Sim sou adepta da praticidade e da agilidade para se bem viver, porém nada de viver em super-rotações, pois esta ânsia por resoluções pode nos pregar ou despregar prematuramente à situações, pessoas e/ou lugares...

Em momento de escolhas é preciso refletir sem deixar de agir... Crendo fazer a melhor escolha, se conhecendo e arriscando-se a dar passos adiante, isso é viver. Hoje li na pagina de uma amiga a seguinte frase: "Não é sempre que a gente acerta, mas todo dia a gente tenta" ‎(Não havia citação de autor). Para muitos essa frase pode soar como um fracasso, mas não a vejo assim, pois para que haja o acerto é preciso antes a tentativa.

Sou uma mulher de listas, mesmo que não siga exatamente o que listei, minha ações práticas são sempre precedidas por listas. É como se eu precisasse intronizar bem a ideia, conhecê-la de maneira mais profunda, reconhecer sua importância, traçar um melhor caminho, para daí poder torna-la real.

Vivemos em sociedade, convivemos com muitas pessoas, no circulo afetivo, profissional, ou no misto destes, mas algumas vezes precisamos romper um pouco, reserva-se um pouco, pois no desejo de ajuda do outro ou mesmo no nosso próprio pedido de ajuda podemos nos atrapalhar. Dividir, combinar é importante, mas é preciso ter certeza de que a decisão final é nossa e que algumas reservas são necessárias. Não para esconder, mas para poder pensar melhor sobre, para poder sentir-se sujeito, sentir os pés seguro no que se quer. Pois escutar o outro nos ajuda, mas escutar a nós mesmos é insubstituível à escolha de vida, essa tal escolha que cabe única e exclusivamente a você (Sem pressão, viu?! Só com atenção...). 

Nada de pânico... Calma, muita calma nessa hora.



"Um passo a frente. E você não está mais no mesmo lugar..." 
(Chico Science)

domingo, 4 de setembro de 2011

Amor: simples e suave coisa?!



Hoje queria escrever sobre leveza, sobre desejos de vida, desejos leves, esperançosos... Daí me veio quase automaticamente a letra da canção-poema Amor do Secos & Molhados, que foi escrita como uma crítica à ditadura, porém se aplica como luva à vida, se aplica como luva ao amor, ao amor que desejo pra mim. Um amor "com sabor de fruta mordida" (Cazuza), leve como a brisa, porém essencialmente forte e intenso na medida necessária... Mas como ser tudo isso? Devaneios ou verdade possível?!

Amor é construção e como tudo na vida tem seu lado treva e seu lado luz. Acredito no amor, penso que  sendo verdadeiro, já se torne por si suave e forte, pois toda verdade é pura e por isso leve, bem como forte e por isso mesmo intensa.

Amor
                                                                                      (Secos & Molhados)

Leve, como leve pluma
Muito leve, leve pousa.
Muito leve, leve pousa.

Na simples e suave coisa
Suave coisa nenhuma
Suave coisa nenhuma.

Sombra, silêncio ou espuma.
Nuvem azul
Que arrefece.

Simples e suave coisa
Suave coisa nenhuma.
Que em mim amadurece


Se é tempo de presente e digo presente na forma do tempo e na forma de vida, eu peço que seja! Forte, belo e verdadeiro,  com sua dose de caos e ordem e chegando em breve, porém no tempo certo.


Essa imagem foi retirada do blog Le Love:
(merece muito ser visto)

domingo, 28 de agosto de 2011

Pra se ter em desejo

Eu podia estar rôbano*... Eu podia estar matano*... Eu podia estar pedino*... Mas nem pedindo estou, viu?! Só senti vontade de dividir alguns gostos e desejos materiais.

O que é uma lista de desejos ou wish list?! Sempre via em alguns blog e redes sociais pessoas comentando sobre suas wish list e sempre ficava curiosa, claro! Sabem que sou nova por aqui na blogsfera e há alguns dias me deu uma super vontade de ter minha lista de desejos também (prefiro nacionalizar termos), e creiam, como já disse acima, não é lista de pedidos é lista de DESEJOS...

Legal, que desde que pensei de fato ter uma lista de desejos materiais, fiquei bem mais atenta às coisas que gosto (que quero ter), não que não o fosse antes, mas é diferente... Você já pensa... Essa merece ir pra minha lista (as vezes até esquece depois, porém se foi desejo mesmo, recordará um dia).

Não descuidando nunca da lista de desejos espirituais socialista-humanitário... Segue minha lista de desejos materiais intelecto-consumista.












Engraçado é que quando comecei a listar aqui, meio que me perdi caçando desejos na minha mente... Me questiono... Eu quero mesmo isso?! Quero o quanto?! Quero agora?! Talvez porque desejos sejam voláteis... Muito mais que materiais. Percebam como minha lista foi mudando ou juntando material e ação, o que de fato transforma e dá sentido ao ter é o fazer, pois fazer é ser... Talvez porque desejos mudem... E hoje em tempos modernos e virtuais eu possa ter desejado muito semana passada (mas hoje não encontro onde), possa desejar até uma coisa que ainda não vi, mas que daqui a alguns segundos verei e putz... Eu quero!!! Daí nossa peneira crítica interior deve agir, porque no fundo mais que ter... Se deseja e se precisa ser...

Sou honesta demais pra negar que após escrever esse post me senti um tanto contraditória, meio fútil e consumista... Mas por favor não me tomem por isso... Como gosto de dizer, sou várias em mim e meus DESEJOS vão bem além desta lista. Bem além mesmo...

domingo, 21 de agosto de 2011

Escutando o silêncio



Vou contar umas historinhas de silencio hoje. Porque isso?! Valorizo o silêncio, produzo mais e melhor no silêncio, as vezes estou calada e acreditem não é por estar chateada, devo estar pensando, planejando, cantarolando na mente, ou mesmo com han-han na garganta ou descansando as cordas vocais... Daí calo e só escuto... Daí calo e ouço o silêncio.

Conviver nos permite muitas coisas, inclusive o essencial ensinamento da vida... Aceitar diferenças, conversar sobre as dificuldades, sublimar aborrecimen tos e assim construir a felicidade.

Engraçado que esse meu prazer no silêncio não é por causa da idade não viu... Já vem de longe. Aconteceu uma vez na pré adolescência, viajando de ônibus, dividíamos as poltronas, eu, uma tia e um priminho (menor que eu)  e ele não parava de falar... Não parava mesmo... Eu, tadinha, querendo pensar, viajar nos meus sonhos de puberdade... E em determinado momento disse  bem convincente a ele: As vezes Priminho, é bom a gente ficar calado, falar pouco. Ele, tadinho, confiando na minha alta sapiência, calou-se. Um tempinho depois ainda na intenção de não haver muito papo, comecei a niná-lo cantando uma canção de domínio publico, Perdi o DÓ da minha viola, afinal, menino dormindo é menino calado. Vocês terão de conhecer a canção para compreender o resto da história, pois esta canta rimas de um violeiro que vai perdendo as notas musicais de sua viola que são Dó, Ré, Mi, Fa, Sol, La, Si e quando chega na nota Fa, adivinhem qual é a rima: FALAR é MUITO BOM...  Daí o priminho olhou pra mim e disse: Mas Prima, você não disse que falar as vezes é ruim... Conseguem imaginar minha cara?! Hahahaha... Ai como eu queria conseguir imaginar... Lembro que tentei explicar minha ideologia, meio encabulada e tal...

Naquela época não soube dizer bem o que significava meu desejo por silêncio. Ainda hoje é meio difícil explicar o porque as vezes é bom falar, bom ouvir, mas também é de paz, silenciar. Uma vez conversando com uma amiga ela usou um expressão que ficou gravada na minha mente, estávamos andando juntas e ela  bem calada, perguntei se estava tudo bem e tal, ela me olhou e disse: Sil, tô economizando... Inclusive palavras. Achei de uma profundeza isso que ela disse. Nunca esqueci e de quando em vez adoto essa estratégia de paz.

No silêncio há som. Economizar palavras não é rabugecer, é refletir... É por vezes respeitar o direto do outro de estar em silêncio, de pensar, de ficar consigo, mesmo estando com outréns.


Bachelard diz em "A psicanálise do Fogo" que "Para ser feliz, é necessário pensar na felicidade de um outro". Estejam atentos a importância do silencio* na construção da felicidade, em suas vidas e na vida dos que os rodeiam.




*Onde lê-se silêncio bem pode se encaixar outras necessidades básicas à felicidade cotidiana.


sábado, 20 de agosto de 2011

Ventos que trazem festas...

Em tempo chegam-se os ventos de agosto e com estes os ares de Virgem (que seguem até 22 de setembro).

Há quem diga o contrário mas ser de virgem é muito bom. Apesar de saber que as personas não são um padrão zodiacal e sim um pool de variações astrais, ancestrais e sentimentais que interagem entre si formando nossa personalidade única. Considero a astrologia uma ciência-arte e sou fascinada pelos astros... Meu fascínio pelos astros abriga desde o encanto em olhar o seu estrelado do litoral até o desvendar de meu primeiro mapa astral. A quem não fez, indico. O mapa astral por um profissional de confiança e o deitar na areia da praia de um litoral tranquilo, para que olhando o magnífico espetáculo das estrelas sintamos a pureza e a surpresa da nossa condição de grão de gente-areia. 

Sou virginiana da rabeira... Contando exatamente de hoje (20/08) a um mês será meu aniversário. Adoro aniversário, adoro festa de reveillon (principalmente na praia), e para mim estas transições não são muito diferentes, pois fazer aniversário é começar novo ano. E apesar de nos renovarmos a cada dia (cada qual em seu ritmo e necessidade), estes momentos simbólicos são importantes para a reflexão da nossa psiquê, para reunião de amigos amados, para sermos carinhados e festejados. Nossos rituais de passagem...

Mas porque eu gosto de aniversário?! 

Não me incomoda envelhecer... Me apetece viver...

Gosto de festa, tenho muuuuuitos amig@s, me sinto feliz quando junto de pessoas queridas, faço amig@s por onde passo, gosto dos abraços, dos presentes (em especial aqueles... escolhidos e/ou feitos com carinho e cuidados especiais).

Dançando com os ventos de agosto recebo de braços abertos meu "inferno astral"... 


Inferninho Astral*

Que meu inferno venha...
 em ventos pelo céu,
amplo, belo e  fumegante

Que seja breve,  forte e leve... 
Leve de leveza e de levar, 
forte em intensidade e fortaleza 
e breve em precisão e presteza.

Prazeroso e produtivo
Como todo bom inferno deve ser...

Ressurgindo em  brasas
Desabrochando em ano novo
banhado em  mar e céu de estrelas brilhantes.



*Meu segundo poema.

domingo, 7 de agosto de 2011

Espelho, espelho meu...

Sou de uma família de vaidosas... Minha Avó Nazaré (da qual recebi o segundo nome em homenagem, Nazareth) foi uma das mais vaidosas mulheres que conheci nessa vida. Era lindo ver ela sair do banho com um pente entre os cabelos (sim, o pente preso sozinho nos cabelos), pentear suas madeixas grisalhas  e graciosamente colocar suas marrafas caramelo, uma de cada lado. Minha amada Avó já se foi para outro plano e suas marrafas hoje, bem enfeitam minhas madeixas aneladas.


Marrafas caramelo de Vovó Nazaré
(Hoje, prenda minha)
Pensar na vaidade tendo em mente as várias mulheres que conheço e também a mulher que sou, é ver a vaidade como o desenho Pokémon, algo que evolui. Só que diferentemente do desenho Mangá, ficamos mais belas com a evolução. Não fugindo à genética me considero uma pessoa vaidosa, mas uma vaidosa genuinamente Pokémon (aquela que evolui, hahahaha), pois em mim, a vaidade tem evoluindo com o tempo, acontecimentos e convívios... Porém sempre transitando na classe das vaidosas da linha loves-básica-sofís*.


Atualmente e principalmente depois que comecei a transitar na blogsfera me pego vez por outra assistindo a tutoriais de maquiagem, circulando por blogs de moda, pesquisando sobre cabelos cacheados, desejando entender mais sobre cosméticos... Nunca pensei muito nisso, mas é deverás inspirador e divertido, ainda mais quando vemos que aplicando algumas dicas obtemos bons resultados sobre a auto-estima.


Lia Luft diz que a maturidade nos permite um olhar com menos ilusões, maior entendimento e tranquilidade, aceitação com menos sofrimento e ainda, a capacidade de desejar com mais doçura. Isso sim é ser bela e evoluída, hein?! Partindo dessa ideia, penso que para se estar bela de verdade não adianta só enxergar a evolução cosmética que se encontra a nossa disposição e sim a beleza que está além, mas que ainda assim, mesmo estando além, não dispensa utilizar de forma consciente bons creminhos e algumas super dicas...



Das vaidades que gosto de curiar:




Partindo destas a outras vão levando...


*adepta do estilo confortável e romântico com variações de sofisticação dependendo da ocasião.

domingo, 31 de julho de 2011

Pensamentos e sentimentos... Pode vir, escolha o seu!

Eu penso muito. Penso e desejo muitas coisas, inclusive pensar um pouco menos de vez em quando. Daí penso que devia arrumar um tempinho pra meditar, né?! E assim esvaziar a mente, não para que fique oca, mas para ficar mais zen... Pior que hoje em dia até pra ficar zen é preciso tem horário (Saco, isso!).

Um tempo atrás li o romance Comer, Rezar e Amar, um best seller que virou filme (que eu não assisti), o livro conta a história de uma Jornalista que passando por uma baita crise pessoal, resolve largar tudo e viajar... Me diz quem não gostaria disso? Tive uma inveja danada dela... Mas estou falando nisso por causa da tal meditação que citei lá no início do post.

Na fase Rezar a jornalista vivencia a rotina de um templo budista e mostra claramente como vai evoluindo nos exercícios de meditação através de muita disciplina, trapalhadas e algum sofrimento. Uma cena que chamou minha atenção no livro é quando ela percebe ter alcançado o que buscava no templo. Numa tarde ela procura um lugar belo e tranquilo para meditar, se coloca em posição e vai ficando... com o por do sol vão aparecendo milhares de mosquitos (muriçocas, pernilongos...) que começam a picá-la de todo jeito e ela consegue se manter imóvel, tranquila, meditante mesmo... Sem se inquietar nem um pouquinho com os mosquitos. Já pensou?! Só de relembrar a cena fico doidinha...

Agora me diz... Onde se encontra o botão da nossa paz?! Me faz pensar... O meu "starter" pode vir de variadas formas, pois pra mim  paz e alegria estão juntas e penso a alegria como diferente de felicidade. Me faço entender?! Exemplificando: Eu sou feliz, mas posso por vezes não transmitir alegria, ou risos, me sentir triste ou agoniada e isso não fará de mim uma pessoa menos feliz... Quem costuma ler os posts aqui, sabe como me sinto alegre com coisas simples, semana passada mesmo estava pouco inspirada pra escrever (e não era por falta do que contar, ideias ou pensamentos...) e sim por estar cansadamente aborrecida  e um tantinho melancólica também.

Vocês podem pensar que quando pergunto onde ligo a paz estaria mecanizando um sentimento, mas não é isso, é porque de alguma forma nos pré dispomos a uns e outros sentimentos colocados pela vida. Daí vem o desafio de escolhermos melhor que sentimentos queremos conosco, pois estes é que dão o tom de como vamos reagir as situações postas em nosso caminho. "...Tem tantos sentimento, deve ter algum que sirva...".

Essa ultima semana começou meio a passo lento para mim, bem nublada, como a cidade em que vivo, mas nos últimos dias fui me permitindo alegria e esperança, apertei o botão de paz-alegre, e quando paro e elaboro sobre o sentimento da semana diante desta tela do blog é que vejo o quanto depende muito mais de nós, o tempo todo... E isso é bem difícil, pois quando assumimos que depende de nós, nos tornamos responsáveis pela dor e pela alegria que causamos em nós e nos outros e essa responsabilidade assumida, por vezes nos trás culpas também. A culpa mal sentida paralisa o nosso ânimo, isso não podemos deixar acontecer... Devemos olhar com firmeza as nossa dificuldades para modificar o que precisamos, digo dificuldades pois defeitos não se mudam e dificuldades essas sempre podem ser superadas. Seres humanos não têm defeitos, têm dificuldades...

Costumo dizer a amig@s quando falamos sobre religião, espiritualidade, que a presença de Cristo* em nossas vidas não é expressa exatamente ou somente nas roupa que usamos, na música que escutamos, nos ambientes frequentados e sim na forma de reagir, de responder diante dos acontecimentos, se minhas atitudes estão ou não permeadas de pensamento pacificador e amoroso. Deus criou o mundo, Deus e o mundo não podem  estar separados... Eu sou do Mundo, adoro o que o mundo me trás, porque eu vejo o mundo com o amor de Deus e ainda tenho muito a aprender sobre esse amor... Muito mesmo!!!

Voltando aos pensamentos... Essa semana pensei muito numa pessoa que não devia mais pensar... Vocês sabem como o pensamento pode nos prega peças, né?! Estou eu muito disciplinada, convicta mesmo em não pensar besteiras, daí começo a devanear sobre coisas, atitudes a serem tomadas, situações desejadas e sem quê nem mais lá vem a lembrança intrusa de novo... Mas como diz Gonzagão, se agente lembra só por lembrar é até bom, pois trás certa felicidade... Não pode é pensar querendo. E assim vai...

Eu sou muito feliz e agradeço muito estar por estar onde estou. Não, eu não sou uma diplomata riquíssima e conceituada, sou só eu mesma, estudando, escutando, olhando, transformando, cheia de sonhos e planos... Numa cidade que as vezes me dá vontade de correr pra longe mas que também me trouxe bons momentos e pessoas.

Fechando a semana com chave de alegrias, assisti a um show do Arnaldo Antunes, que adoro!!! Puxa fiquei tão alegre... cantei muito e dancei pra caramba... Diversão mega pura e boa!

Olhem só! O Cara é Tudo de nem sei o quê!!!



*(leia-se em Cristo toda forma de amor pregada pelas diversas religiões)

terça-feira, 26 de julho de 2011

Seja o meu Céu...

Vocês sabem que quando atraso a postagem é porque houve um bom motivo, né?! E o deste domingo foi um óóóóótimo motivo... Adivinham?! Pra onde tenha o Sol, é pra lá que eu vou...


Sol, mar do Peixe Gordo (o melhor de todos os mares), cervejinha gelada, irmãs, sobrinhos, muita risada e etceteras e tal...

Vista da Casa da Praia

Pelas postagens anteriores vocês sentiram que eu andava meio assim, assim... Fui recarregar as baterias no Ceará. O Peixe Gordo é uma praia do litoral cearense, distrito de Icapuí. Descrições turísticas a parte, o Peixe Gordo é meu paraíso familiar, lugar onde abriga as melhores recordações de férias da infância e adolescência, afetos especiais, emocionantes encontros, diversão, risos e muita festa! Poderia escrever dias a fio sobre o peixe Gordo. Não tem como ir lá e não sair chorando de saudades. Minha irmã Stephania até beija as paredes toda vez que vai embora. Sentiu o drama?! Pois é, eu estava lá... No meu Céu.


Casa do Peixe Gordo
Toda construída por meu Avô Zeca, do piso aos ferrolhos de madeira.

Ontem quando cheguei em casa da viagem, entrei na net pra ver se conseguia postar, mas a mente cansada não me deixou, daí fiquei visitando minhas paragens virtuais preferidas e fui no Road trip da Nina, uma espécie diário de viagem com impressões bem sensíveis dos lugares visitados e outras coisitas mais que a Nina mostra por lá. Então, ontem encontrei um post lá que me levou imediatamente de volta ao Peixe Gordo, Dear Photograph: Olhando para trás..., uma ideia bem legal que me fez recordar inúmeras fotografias que minha família possui e que ainda podem ser reproduzidas em alguns cenários do Peixe Gordo. Me deu uma super vontade... Quando for em casa (casa de Mamãe) vou dar uma procurada em alguns baús e organizar uma série... Tomara que dê certo! depois posto o resultado aqui.

Agora vou cuidar na vida (vida acadêmica), que tenho um monte por fazer...


P.S: Pela foto nem dá pra notar o quanto gostamos de uma rede, né?!

domingo, 17 de julho de 2011

Tempo rei

"Todos  os dias quando acordo
não tenho mais o tempo que passou
mas tenho muito tempo...
Temos nosso próprio tempo..."
(Renato Russo)

O tempo não pára e é sempre relativo. Ainda bem... Estou desejando que o tempo passe, mas tenho de refrear minha ansiedade, pois me encontro no tempo de plantar e como todo bom agricultor, tenho de rezar por boas condições de plantiu e muito mais trabalhar... Tá difícil ter paciência. Eu preciso, eu quero, eu vou aprender o tom da paciência não passiva.

Fim de semana frio, cheio de preguiça... Tempo de pensar, de desejar, de planejar e de alimentar a própria força para os desafios cotidianos. Inventou, agora aguenta!!!

Que o tempo passe no ritmo certo a se cumprirem todas as etapas necessárias ao gran finale.


domingo, 10 de julho de 2011

Profissão Equilibrista de Vida


Tenho tido dias bem cheios, o que exige de mim determinação, disciplina e tolerância (comigo e com o outro). De desafio em desafio vou  acreditando mais em mim, me sentindo mais e melhor... Madre Teresa de Calcutá disse "Nada melhor que sensação de missão cumprida", é verdade.

Existem várias definições para disciplina, sob o mesmo principio de Madre Teresa, minha amiga Angela definiu disciplina de uma maneira bem interessante, ela afirma que disciplina é fazer o que precisa ser feito com prazer. E de fato, disciplina e missão cumprida (afinal, uma coisa leva a outra - causa e efeito) são fonte de alegria e paz interior.

Ontem experimentei desse sentimento forte e divertidamente. Acordei meio triste, meio enfadada... Fui ao centro da cidade, resolvi mil coisas de caráter pessoal, algumas comprinhas fora da lista pré-determinada e ainda o objetivo-mor, supermercado. O supermercado é a parte mais desafiadora... Você começa as compras (o básico do básico), aí lembra: - Puxa vou voltar pra casa de ônibus, tenho de comprar só máximo que puder carregar nos braços... Resultado, o que no carrinho parecia pouco e carregável nos meus dois fortes braços, dá cria nas sacolas e rapidamente vira um mundo de pesadas compras. Lá vou eu num equilibrismo vitorioso para o ponto do ônibus. Alguma espera e muito esforço braçal e... Missão cumprida! Cheguei em casa meio quebrada mas fiz o que precisava, com prazer e sem mexer com ninguém.

Vocês devem estar pensando... Eita, tá feliz só com isso?! Besteira, né?! Eu não acho que seja. A tarde cozinhei o almoço da semana, lavei roupa e depois de toda boa labuta, um bom e relaxante banho. Na hora do banho foi que percebi o quanto estava me sentindo bem e feliz... Como uma boa humana musical comecei a cantar animadamente no chuveiro, sem me perceber já tinha feito do shampoo um microfone e ri muito desse show particular. Relembrei (desenterrei) alguns clássicos musicais da minha vida. O repertório foi de Lindo lago do amor (Gonzaguinha), O melhor da vida vai começar (Guilherme Arantes), O vento (Los hermanos) e ainda a lembrança musical mais feliz, Precisamos de amores (Paulinho Pedra Azul). Digo mais feliz, por que me veio tão espontaneamente a melodia na cabeça (fazia anos que não ouvia nem cantava essa música) e isso que me fez ver perceber evidentemente minha sensação de bem estar e felicidade. Esta canção-poema foi eleita o hino da semana. 

Deleitem-se com esse poeta mineiro que dá vontade de ter e ser mais amor no cumprimento das nossas tarefas-missões de cada dia.


Precisamos de Amores


domingo, 3 de julho de 2011

Cantiga de grilo

Já trabalhei com várias coisas... Meu primeiro trabalho remunerado foi um "bico" de pesquisadora, tipo pesquisa datafolha (mas era pra outro grupo). Pense num sofrimento... Agora multiplique!!! Foi isso... A grana era boa, eram poucos dias de trabalho viajando por algumas cidades do interior do Maranhão, tudo bem até aí, mas o questionário era desumanamente longo (10 paginas) e este foi o primeiro contato gritante que tive com a miséria do nosso povo. Pessoas tão sofridas, em condições tão difíceis... E eu ali tendo de enchê-las de perguntas ridículas sobre política. Aff... Conseguem imaginar como me senti?! Cheguei em casa exausta, dormi 24 horas direto e ressonava as perguntas do questionário durante todo o sono hibernante. Parte boa?! Claro que teve... Conheci lugares e pessoas que jamais conheceria viajando em condições convencionais de turismo, tirei a venda dos olhos com relação a miséria, e usufrui duma graninha  bem boa... Graças a Deus, depois disso arrumei um estágio na minha área de formação... Nunca mais tive de fazer pesquisa de opinião! Pelo menos, não desse tipo.

Uma época bem gostosa, mas também trabalhosa, foram os tempos de trabalhos manuais, fazia faculdade pela manhã e nas horas vagas junto com uma amiga criamos uma especie de ateliê, Empório do Reino, o Empório ainda vive (e é magnífico), eu ainda faço e sempre farei trabalhos manuais, porém não profissionalmente. Só por amor e prazer... Essa foi uma das escolhas sérias que fiz na vida. 

Uma grande amiga (Angela) que é pedagoga e multi-artista, sempre diz que não se pode ser só artista... Tem de ser artista e outra coisa também. Foi isso que fiz, chegou um momento em que disse a mim mesma e à "amiga-sócia":

- Artista eu poderei ser em qualquer época da minha vida, mas engenheira, ou eu cuido agora... ou eu danço! 

Sim, engenheira! É isso que eu sou (estou). Engenheira de Alimentos essa é minha formação acadêmica, me formei, trabalhei em outros tantos lugares exercendo este "áureo" titulo e aí fiz outra escolha séria:

- Não quero morrer de trabalhar pra ficar enricando patrão... Vou cuidar de mim! Vou estudar!!! Me joguei numa seleção de mestrado e passei! 

Adorei! Tô feliz! Mudei de cidade, estou mudando quanto pessoa, aprendendo... E atualmente me encontro fazendo uma das coisas mais legais, desafiadoras e recompensadoras que já fiz...É a engenharia entrando, né Mãe?! E mais, eu achava isso tão distante de mim, tão difícil, mas não... Não estou dizendo que é moleza, estou dizendo que não é tão inatingível como muitas vezes pensamos.

Existe uma fábula sobre trabalho que trata da relação entre a Cigarra (preguiçosa) e a Formiga (trabalhadora), mas para mim trabalho agora é assim, que nem "cantiga de grilo", todo dia o dia todo!


Gosto de trabalhar... Gosto de aprender... Gosto de viver... Esta última semana foi longa e a que começa hoje também será.

Deus abençoe  meus sonhos, meus "grilos" e minhas invenções também!


domingo, 26 de junho de 2011

Aprendendo a escolher



Quando a gente faz besteira é tão ruim... Sentir culpa por errar é fato consumado quando o erro ocorre, mas ainda assim nunca vamos nos acostumar com essa sensação. Ainda bem, não por que eu ache que a culpa deva ser alimentada, ao contrário, não gostar de ter e sentir culpa é o que deve no ajudar a errar menos.

É isso...

Nossa vida é feita de escolhas... E qualquer um pode fazer uma má escolha as vezes.
Fazer besteira é ruim, mas faz parte do aprendizado da vida. Como Deus é bom, Ele todo dia nos apresenta um dia novo, ainda maior e melhor que as besteiras que tenhamos feito. Isso nos traz a força e a certeza de que podemos escolher experiências mais felizes.



Brindemos ao amanhã, que nos traz  um novo dia e o mistério de novas escolhas.

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Nas virtuais ondas do rádio


Li uma vez em algum lugar que devemos sempre olhar aos outros a partir de um ponto comum. Tendo em vista que nem os dedos da nossa mão são iguais... Qual seria esse ponto comum?! Sim existe. Este ponto é o fato de que todos somos "Seres humanos". Para além  do "geralzão" de sermos humanos, todos somos vários... De muitas de mim, duas são bem marcantes... Sou humanamente musical e elefantescamente boa de memória (memória de elefante). Trabalho, amo, sofro, amanheço e anoiteço, tudo com trilha sonora. E o melhor, raramente (raramente mesmo!) esqueço uma letra ou melodia.

Lá em casa (nos tempos da Barra) tivemos um gramofone, eu era bem pequena mas lembro de rodar a manivela e também dos enormes discos de cera, fiz um deles aos pedaços, pois descuidadamente sentei em cima de um que estava sobre o sofá. No pré-adolescer gravava fitas cassete (o que muitos adolescentes da minha época também devem ter feito), saía pra escola e deixava os botões REC e PLAY do gravador ativados a fim de conseguir capturar aquela música adorada, que só passava na rádio bem na hora da escola. O duro era depois ter de editar por cima das gravações indesejáveis que vinham junto a  preciosa música capturada.

Nestas mesmas fitas cassete gravei muitos programas de rádio (era tão bom), durante um tempão esses registros estiveram guardados, mas acho que se perderam nas caixas de algumas das nossas mudanças. Tive o delicado prazer de manipular agulha de radiola e escutar lados A e B com aquele sonzinho chiado dos inigualáveis LP's. Em nome da tecnologia e da praticidade essas práticas foram se transformando e quase banidas, com excessão de alguns colecionadores (o que infelizmente não é o meu caso). Engraçado... Apesar da tal praticidade, não sei como, onde ou quando... mas perdi o gosto-hábito de gravar sons, de tê-los "encaixotados" para mim,  muito raramente baixo  músicas no computador (me falta habilidade e paciência de usar internet pra isso). Por que será, hein?!



É controverso, mas pela mesma tal praticidade, hoje prefiro curtir sons on line, sou cadeira cativa da Rádio Universitária, que tem programações especialíssimas, em destaque a programação do ouvinte (diariamente as 18h) e a programação matinal de domingo, que inicia com o Arquivo de Cera as 8h, seguido de Chorinho as 11h e fechando com Roda de Samba ao meio dia. Fora outros programas de muito bom gosto que vocês podem descobrir por si.  Também sou vasculhadora da Rádio UOL onde descubro e relembro muito "som do bom". Recomendo...

Uma prática romântica (e até vintage eu diria) é oferecer uma música pelo rádio... Tive uma música oferecida à mim no meu aniversário de 15 anos. Um distinto senhor, nosso vizinho, Seu Ubiratan (in memória), em louvor das minhas 15 primaveras, ofertou-me a música Fascinação. Não lembro em que rádio foi (isso seria demais, né?!), mas nunca esqueci tão singelo presente. Naquela época eu ainda não tinha essa visão tão doce e romântica sobre oferecer músicas pelas rádios. Os oferecimentos eram feitos por telefone e era tido como uma coisa meio brega, besteira, né?! Pior é que eu me importava... Ainda bem que hoje só me importo de verdade em ser e sentir felicidade, e me tornei (desde que saí de casa pra outro Estado) adepta de carteirinha desse costume de oferecer músicas pelas ondas do rádio. Sintonizo e ofereço as canções pela pela net, oferto com frequência aos meus pais e esta semana escutando uma música na Rádio UOL  senti enorme vontade de dividí-la com amigas queridas que estão longe, pensei na hora... Vou oferecer a elas pela rádio. 

O fiz... Avisei via torpedo que escutassem ao programa, comunicando dia e horário. Porém houve um imprevisto, a rádio não tinha a música que ofereci (VESTI AZUL ) e o locutor, o Nelson Augusto, super gente boa, com super boa intenção ofereceu um outro tom de azul (AZUL DA COR DO MAR). Tudo azul, né?! É, mas com mensagens bem diferentes...  Hoje tive o feedback de uma das amigas presenteadas, a que está mais distante, na Bélgica. Ficou acordada até tarde pra poder escutar e me disse que este fato entrará para a história da nossa amizade. No fim das contas, a surpresa planejada virou surpresa de mão dupla... Pra mim e pra elas... Legal, né?! Eu achei!

Outro dia estive pensando em criar um blog de oferecimento de músicas... Mas para isso teria de ser em parceria com outras pessoas. Se alguém se habilitar...

Pensei de funcionar assim: A pessoa (oferecedor(a)) escreveria a equipe do blog pra dizer que música gostaria de oferecer e para quem (se quisesse detalhar circunstâncias ou uma dedicatória especial, também haveria espaço) daí a equipe faria buscas pela net, de vídeos, letra e quem sabe até a história da música que poderia estar relacionada ao oferecimento em questão e postaria uma "composição desta música" (imagens, letra, vídeo e o que mais caísse bem...) em data previamente combinada com o oferecedor(a). Daí o oferecedor(a) teria só de dar uma tapeada no presenteado fazendo ele acessar o link do blog e Tcharam!!!!  Muitas emoções...

Enquanto isso...

O telefone toca na rádio...

- Alô?!
- Oi, boa noite...  (pausa)  
- Ehh, eu queria oferecer uma... Uma surpresa...
- Sim, claro... Ofereça...

Oferecimento que se prese tem de ser melado... (Fechem os olhos, imaginem uma linda voz de locutor... e leiam...)

Ofereço a vocês queridos amigos que sempre visitam este blog e saboreiam comigo destes ensaios de auto-conhecimento e transformação... Uma surpresa!!!


A surpresa de Handa

Assim como eu, Handa ofertou... e por fim ganhou.... 
Uma surpresa!!! 



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