domingo, 29 de maio de 2011

Por nem sei quantos anos

Meu pai sempre me disse que amigos (amigos mesmo) se contam nos dedos de uma mão. Isso é bem verdade e hoje reflito que essa mão a que ele se referia não era a minha e sim a "mão" de Deus, pois os meus amigos, direi amigas (pois me refiro à meninas) Ele escolheu a dedo...

Todos que me conhecem sabem o quanto gosto de ler e o quanto (sem falsa modéstia) sou boa de amizade, mas esse texto não é sobre as minhas qualidades de amiga e sim sobre a alegria de ser e ter amigas. O escrito desse domingo é para celebrar o quanto uma amiga nos faz bem, e se você não tem lembrado disso ultimamente  leia a crônica  de Fernanda Pinho intitulada SEM NOME , eu li pelo menos umas cinco ou oito vezes, "morrendo" de rir a cada leitura e me transportando a momentos simples, hilários e inesquecíveis da minha vida entre amigas.

É tão bom ser feliz, né?! Rir, conversar bobagem, tomar uma gelada, comentar o dia seguinte, fofocar até pegar no sono rindo por antecipação (né, Mi?!), ter tanta intimidade e tantas histórias, que as gargalhadas estão e estarão garantidas pelos próximos... Nem sei quantos anos. Pois ainda melhor e mais especial que ter amigos é conserva-los. Essa é a arte. Não deixar que pessoas que fizeram parte de sua vida de maneira tão especial se percam de nós no turbilhão que é a vida. 

Ah essa vida... A mesma que é bonita, é bonita e é bonita como diz Gonzaguinha, mas que muda, corre e urge. A gente muda, corre e urge, junto com ela. Porém devemos estar atentos a buscar nossos sonhos, sem esquecer do doce essencial de estar vivo. Piegas, né?! Pode ser... Pois é, eu sou... Eu digo te amo a minhas amigas. Eu digo te amo a cada vez que nos encontramos, trocamos e-mails ou falamos virtualmente e contamos as mesmas historias e damos gargalhadas deliciosas e nos descobrimos sendo cada vez mais honestas, mais  companheiras, mais toleráveis, mais maduras, mais Amigas.




É Pai, obrigada! 
Obrigada pelas alegrias, obrigada pelas minhas Amigas!

domingo, 22 de maio de 2011

Ai que vontade que dá!

Ai que vontade que dá! Esse era o "slogan" de um comercial de bombons de chocolate na década de 90. Os chocolates exprimem bem o sabor de uma paixão, seja pela satisfação gustativa ou pela satisfação de tê-los como um presente em linda caixa decorada.

Eu adoro me apaixonar. Gosto da sensação de alegria gratuita, da invasão de esperança, dos devaneios, aqueles, em que nos surpreendemos  rindo e/ou falando sozinha, para um "nada" cheio de significados...  

É, apaixonar-se é uma injeção de vida, uma surpresa enlouquecedora de boa, mesmo quando não vira amor, mesmo quando começa aos poucos, mesmo quando temos medos e incertezas. Apaixonar-se é viver mais! Eu levanto essa bandeira!

A pedida de hoje é alegrar-se, deixar-se levar nos ventos da paixão pelo que quer que seja... Preparar-se em oração para estar de coração cheio. E assim "preparada", "curtida na oração", que essa paixão seja benção de amor dia após dia. 

Esse vídeo dá uma vontade...

Oração (A banda mais bonita da cidade)

"Coração não é tão simples quanto pensa, nele cabe o que não cabe na dispensa..."
(Leo Fressato)


P.S.: Escrevendo esta postagem, recebi um lindo presente, avistei da minha varanda um extenso arco-íris no Céu nublado do entardecer. O arco-íris, assim como o beija-flor, sempre me são muito auspiciosos.

domingo, 15 de maio de 2011

Dias sim, dias não

"Dias sim, dias não eu vou sobrevivendo sem um arranhão"
Cazuza 

Sem arranhões?! Será?!... 
Dizer não, é possível, dizer o que lhe incomoda é necessário! Tenho estado intolerante, incomodada, abusada. Porque esses adjetivos são sempre mal vistos, mal lidos, julgados como negativos?! Estou abusada das fofocarias, da mesquinhez, do egoísmo, do machismo, da frieza...  De um coletivo por vezes sufocante! Eu posso!?! Posso sim!!! Eu tô com ABUSO!!! 


Hoje eu queria ser uma bicicleta!!!

Isso não quer dizer que eu vá sair por aí brigando com tudo e todos, só estou me reservando o direito de expressar minha indignação e ao mesmo tempo me proteger disso tudo! Tentar respirar melhor o ar que me rodeia. Não sei se me explico bem, na maioria das vezes sou bem tolerante, maleável, adaptável... Gosto de ser assim, de me relacionar bem com as pessoas, mas esses dias me sinto rodeada de pessoas e completamente só.

É isso... Semana começando e a esperança de um mundo melhor continua... Inclusive em mim, um mundo melhor também em mim!!!

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Internet: um doce passeio mascarado

"Navegar" é o jargão utilizado pelos usuários de internet, para o tempo que se passa na rede (web) curiando as coisas (Curiar advém de curioso, é verbo e é a cara da amiga Geórgia). Para minha atividade de "curiamento" em internet prefiro utilizar "passear". Sempre "passeei" muito por livros, ainda o faço, mas ultimamente tenho "passeado" mais via internet, tanto que até fiz esse blog, na proposta de dividir um pouco da minha rota de diversão e (por vezes) fuga. Outro dia minha amiga-vizinha disse assim: Silvana, acho tão engraçado, tudo você acha na internet... É sim, tudo que eu não encontro nos livros ou na minha própria cabecinha, eu procuro, procuro... Daí a pouco acho (é tão bom). Seja por encontros casuais ou buscas motivadas, a cada descoberta abrem-se outras mil possibilidades. É uma delícia, ainda mais quando faço buscas para amigos, é como dar um presente. As descobertas incluem tudo e qualquer coisa, desde moldes para amigas noivas, receitas culinárias, aventuras de dente de leite, cortes de cabelo, músicas, moda...

Semana passada ganhei de uma amiga-conterrânea uns abacates de quintal, achei muito legal, porém,  tenho algumas restrições ao consumo de abacate. Daí fui procurar na internet receitas a base de abacate, achei uma bem inusitada, doce tipo chandelle a base de abacate. Batizei o doce de Chandelle mascarado. Pois bem, fiz, comi, distribui com a vizinhança e... Pasmem!!! Todo mundo gostou, inclusive eu. 


Chandelle mascarado 
(a base de abacate)

Ingredientes:
1 abacate médio maduro
10 colheres (sopa) de achocolatado em pó
3 colheres (sopa) de leite em pó
1 copo de água
Açúcar a gosto

Modo de fazer: Junte os ingredientes no liquidificador, primeiro a água, depois os demais. Bater por 1 minuto e meio. Pode servir na hora ou colocar no refrigerador.

Impressões e dicas: O sabor do abacate fica bem mascarado, penso que se acrescentar junto ao achocolatado algumas colheres de cacau em pó a fantasia deve ficar ainda melhor, pois vai diminuir no doce e acentuar o sabor de chocolate (não coloquei porque não tinha na despensa). Você pode ainda reduzir no açúcar acrescentando ou substituindo este por leite condensado.


O clima da cidade onde estou morando é uma delícia, porém o clima das pessoas é bem diferente do meu, outro "time". Não as estou julgando, afinal cada um tem suas prioridades, seu modo de viver e se relacionar. Hoje estou com uma vontade tão grande de descontrair, ver gente, rir, conversar "miolo de pote", caminhar ao ar livre, tirar fotografias... Afinal, estar em boa companhia e ter um dia bem ao estilo romântico (entenda-se romântico no seu estilo de felicidade idealizada em forma de beleza e suavidade e não no sentido amoroso). Por isso estou a bloggar, em tempo, este tem sido o lazer mais próximo do romântico ao meu alcance.

Registro aqui a saudade de passear com as Amigas! Todas e cada uma a seu modo, com suas várias possibilidades de programações.



domingo, 8 de maio de 2011

Rainha Mãinha

Era uma vez uma menina... Bem amada, bem mimada (mimada de um jeito construtivo), com um monte de apelidos carinhosos, tudo isso vindo de uma Mãe tão doce, forte e linda quanto se pode imaginar. Primeiro numa casa de quintal enorme, depois numa casa de centro movimentado e depois na casa dos sonhos (que é a casa Dela). Casa, infância, Mãe e memórias sempre se misturam. Na minha mistura percebo cada lembrança com a mesma intensidade, amor e o prazer inconfundível de Lar. 

A menina já era gente naquele tempo, mas uma gente como as crianças podem ser. Incompletas!? Não, em movimento... Sempre falamos (inclusive eu) de como ser criança é bom e o quanto gostaríamos de ser crianças para todo o sempre. Mas não é bem assim, a vida adulta não é de todo má. E no meu caso tive muitos ganhos. Considero o maior deles a amizade amadurecida e dialogada que construí com Minha Mãe e  vindo com esta, a descoberta de afinidades e a  lição de ter sempre o que aprender com o exemplo de renúncia, compreensão e  paciência que Mamãe nos deu e dá todos os dias.

A menina gente daquele tempo quis ser aeromoça, astronauta, cantora, bancária... Mas nem tinha consciência que antes de poder ser tudo isso ela seria mulher. Hoje "eu sou Eu" (e jacaré sempre será um jarro de porcelana, rs). E o que era uma vez, já não era mais uma vez desde aquele tempo, isto porque esse Amor (com A maiúsculo) é de todo e sempre! Admiro o ser mulher de minha Mãe! É este o ser-amor que desejo carregar e multiplicar em mim, como minha Mãe, como a minhas Avós Nazaré e Helena, minha irmã Tãinha, e também  algumas muitas amigas-mães que encontro pela vida.

Em tempos de Cordel Encantado e casamento real apresento a foto oficial de minha, mais Real, Amada, Única...
 Rainha Mãinha!

domingo, 1 de maio de 2011

Bem criada

Pieter Brueghel - Jogos de crianças, 1560.

Tenho grandes amigas que são educadoras, minha irmã inclusive. Cresci e amadureci (amadureço...) ouvido que criança amada, respeitada e que brinca, será um adulto do bem e mais feliz. Longe de mim querer dar conselhos sobre educação de crianças, acredito que cada Família faz o melhor que pode no intuito de amar e acertar. Mas não se pode vencer sempre, e das perdas, melhor que cuide Deus. Isso quer dizer que deve-se fazer o que acredita ser o melhor e entregar a Deus para que seja, para que se tenha contribuído com amor  e “dor” na medida justa ao espírito-filho. Dor!? Sim, dor... Se os Nãos (perdas, danos e dores) não forem apresentados pelos espíritos-Pais, tão pior para o espírito-filho, que não terá referência desses sentimentos, da superação dessas frustrações quando na vida adulta (diga-se de passagem,  ser adulto é um saco, mas é necessário, aliás compulsório). Outro dia ouvi de um psicanalista na Rádio Universitária que a melhor herança que um Pai pode deixar a um filho é saber conviver com as frustrações.
Minha infância foi plena em amor, contos de fadas, balanço de rede, calçada, canções de ninar... e também   insegurança, mágoas e dores...  Situações, sentimentos e pensamentos que juntei em mim (no meu self), e me fazem ser quem sou. Me sinto uma “menina” bem criada. Longe de ser perfeita ou exatamente pronta pra qualquer coisa que seja, mas do bem (no caminho do bem...). Não há receita ou atalho, mas uma boa pista de caminho é amor, espiritualidade, limites e equilíbrio.
Das muitas lembranças de infância, especiais são as do meu Pai me balançando, cantando e contando histórias, da minha Mãe fazendo ditado comigo todas as manhãs antes da escola, minha Tia-irmã Bebete me fazendo apagar mil vezes (e bem apagado!) minha letra de preguiça no dever de casa, da primeira carta que escrevi, que foi para Tia Neri, dos passeios no centro da cidade e lanches na LOBRÁS com as minhas irmãs, dos passarinhos queridos e do horror à gatos (porque estes comem passarinhos). E por aí vai... Muita vida e poucos registros em fotos, filmagens ou coisa parecida. Das poucas fotografias que tenho, adoro olhar as que estou com  minha Mãe, é raro uma em que Ela não esteja olhando (quase babando) para mim, é um olhar tão lindo, tão amoroso e realizado. Pena que não as tenho comigo hoje para postar aqui, mas fico devendo.




 Sabiá lá na gaiola - Hervé Cordovil e Mário Vieira
Sabiá lá na gaiola
fez um buraquinho
Voou, voou, voou, voou
E a menina que gostava
Tanto do bichinho
Chorou, chorou, chorou, chorou

Sabiá fugiu pro terreiro
Foi cantar no abacateiro
E a menina vive a chamar

Vem cá sabiá, vem cá

A menina diz soluçando
Sabiá, estou te esperando
Sabiá responde de lá
Não chores que eu vou voltar
  






Imagem by: Pretty Ditty

Como já mencionei em outro post (Apenas, seja!), o mais importante é o que se faz com o que chega em nós. Vejam essa crônica de Fernanda Pinho sobre o tema da moda, BULLYING, ESCOLHA O SEU, muito pertinente, seja sobre traumas de escola ou mesmo outros de qualquer origem nas nossas infâncias.

A pedida do fim de semana foi ficar a sós comigo. Campina Grande esfriando e o tempo é assim, de pensar, arrumar, sentir, "bloggar", rezar e trabalhar também (vou trabalhar a tarde). Hoje acordei com um sentimento de falta, para mim falta é diferente de saudade. Daí eu peguei essa falta, rezei pra que ela se torne presença em breve e sentei aqui para pensar, escrever e transformar esse sentimento do despertar. Funciona tão bem. Por que eu não sou uma "coisa" só, eu sou e me torno várias ao mesmo tempo e o tempo todo. Eu posso sentir, ser e escolher! Sentir falta, alegria, raiva, inveja, ciúmes, saudade ou o que for, isso não me faz boa ou má, é uma parte de muitas do meu ser, do meu self, do meu espírito. Sou um Espírito que tem um corpo!  Aos pouquinhos, na medida em que consigo, vou escolhendo me conhecer, perdoar e ser... Ser tudo e ainda mais feliz!

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